Quando era verdureiro, na véspera de Natal, meu pai fazia uma viagem especial, para vender pinheiros de Natal, colhidos em nossa chácara e nas propriedades vizinhas.
Ao anoitecer do dia anterior, eles eram colhidos e arrumados dentro, em cima e por todos os lados, da caminhonete.
Ficava sem pinheiro, só o espaço do motorista e uma parte da frente do carro para que ele pudesse enxergar o caminho. Era tanto piheiro amontoado, que o carro desaparecia por completo , mais parecendo um monstro verde se deslocando pela estrada.
Esta atividade extra deixava a todos muito alegres. Íamos dormir tarde aquela noite, curiosas para ver como ficava o carro todo lotado de pinheirinhos.
Muito cedo da madrugada, o pai já se deslocava para São Leopoldo, pois precisava descarregar todos os pinheiros e espalhar pela calçada da praça, em ordem de tamanho.
Lá eles eram todos vendidos bem depressa, pois todos queriam levá-los para casa e logo colocar na água, antes que o sol os murchasse muito.
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